Acordar e perceber que sua vida por mais perigosa que seja, ainda consegue ser monótona de
vez em quando. Sempre o mesmo de segunda a sexta, chegar às cargas de drogas que
chegam, fazer relatório sobre, calcular os preços e depois enviar ao chefe. Pagamentos de
segunda a quarta, pedidos de quinta a sexta. Acordei, fiz café e levei-o o mesmo em uma xícara
até meu escritório na enorme casa onde eu morava que mais parecia estar às moscas já que
apenas eu mesmo morava em tal lugar. Suspirei fundo antes de encarar a papelada a minha
frente, acendi um cigarro tragando do mesmo colocando-o em um cinzeiro que permanecia em
cima da mesa de mogno do escritório... Ao me sentar ouvir alguém bater na porta.
Zayn: Entra. – eu disse forte sentado na cadeira. A porta foi aberta deixando os cabelos
castanhos de Lincon um dos dois encarregados de vigiar minha casa.Lincon: Senhor há um homem lá fora querendo falar com o senhor, ele diz que veio a mando do
senhor Liam. – ele disse firme.
Zayn: Mande-o o entrar. – Pedi. Assim que o mesmo fechou a porta um sorriso se brotou em
meu rosto, eu havia me esquecido completamente do que havia pedido a Liam, mas não
esperava que o pai de Isabela vinhesse me procurar tão cedo, provavelmente o velho deveria ter
um vício muito forte que o consumia por completo. Em segundos vi a porta se abrir novamente,
passei a mão nos cabelos e cerrei os olhos vendo o homem que aparentava ter no máximo
cinquenta anos entrar e se sentar na cadeira a minha frente.
---: Bom dia senhor Malik. – ele disse um pouco inquieto.
Zayn: Bom dia, senhor...
---: Isaque. – ele disse colocando um sorriso de lado nos lábios.
Zayn: Posso saber a que veio? – perguntei firme encarando-o.
Isaque: Pra ser honesto acho que o senhor sabe, Liam disse para vir até aqui, que você
resolveria meu problema. – ele disse engolindo o seco. Parecia mesmo desesperado.
Zayn: Bom, você está certo, eu posso, porém quero algo em troca... – eu disse num meio
sorriso.
Isaque: E o que seria isso? – ele perguntou sério.
Zayn: Apenas algumas perguntas, em troca de eu lhe dar o que você precisa. – cerrei os olhos.
Isaque: Tudo bem. – ele assentiu suspirando.
Zayn: O senhor tem uma filha não é? Cujo nome é Isabela?
Isaque: Sim, mas porque a pergunta? – ele respondeu desconcertado.
Zayn: Eu faço as perguntas por aqui Isaque... – eu disse firme. – Ela estuda, trabalha?
Isaque: Só estuda, não quero que ela trabalhe. – Respondeu ríspido. Embora eu achasse que ele
era apenas mais um viciado, era visível sua preocupação com a própria filha.
Zayn: Entendo, por hora é só. – Eu disse for fim tirando um saco pequeno com algumas gramas
do que ele precisava da gaveta do meu escritório e jogando em cima da mesma. – Pronto.
Isaque: É... – Eu já sabia ao que ele se referia então acabei interrompendo-o.
Zayn: É o suficiente... – passei a língua nos lábios. – Você precisa me dar esse valor daqui a três
dias. – Eu disse anotando em um pequeno pedaço de papel e entregando a ele que me olhou
incrédulo.
Isaque: Eu não sei se... – ele engoliu o seco fitando o pedaço de papel.
Zayn: O senhor pode voltar daqui a alguns dias com a quantia em troca da mercadoria. – eu
disse firme.
Isaque: Não. – ele disse quase num grito de desespero. – Eu consigo, prefiro levar as gramas
agora.
Zayn: Tudo bem então. – Estendi a mão. – Foi um prazer fazer negócio com o senhor. – Ele
então apertou minha mão e passou pela porta que permaneceu entre aberta. Ele não iria
conseguir a quantia, ele nunca conseguia pelo que eu entendi e aí que Isabela entra na história, a
bela garota de cabelos castanhos ondulados, cujo eu me atraí inteiramente. Eu precisava
descobrir mais sobre ela e já era hora de por meu plano em ação.
P.O.V Isabella
Andar pelas ruas era uma rotina frequente, porém eu sempre me sentia indefesa nunca
protegida o suficiente. Os livros em minhas mãos pesavam um pouco, mas eu não me
importava pelo fato de precisar muito estudar para o vestibular, pois fazer uma faculdade pública
era a minha única chance de ter um futuro adequado.
Virei à esquina, faltando alguns paços apenas para chegar a minha casa, avistei meu pai no
portão junto de um rapaz que eu não reconheci de imediato, vi os dois entrarem e apressei-me
para chegar logo ao local. Quando finalmente consegui abrir a porta, pude ver meu pai sentado
no sofá em quanto o rapaz fumava um cigarro sentado no outro.
---: Boa noite. – ele disse soltando a fumaça em quanto meu pai permanecia de cabeça baixa.
Cerrei os olhos em direção ao rapaz que sorriu em seguida e então me dei conta de quem ele
era, o mesmo garoto estúpido e ignorante que eu havia vencido na corrida. Zayn.
Isabela: Papai, o que está acontecendo? – perguntei percebendo ele quieto demais.
Isaque: Filha eu sinto muito... – ele disse na mesma posição, mas era notável sua voz falhando.
Isabela: Papai o que o senhor fez? – perguntei preocupada.
Zayn: Ele só fez o que achou melhor pra ele e agora eu vou fazer o que acho melhor pra você. –
ele sorriu malicioso.
Isabela: O que está querendo dizer? – rolei os olhos.
Isaque: Filha. – ele se levantou limpando as lágrimas. – Você vai morar um tempo com o Zayn. –
ele disse firme.
Isabella: O que? Você ficou louco? – eu disse quase num grito deixando os livros cairem de
minhas mãos.
Isaque: Filha me deixa explicar. – ele dizia chorando. – O Liam não pode me dar, então eu...
Isabella: Então o senhor resolveu pedir ajuda ao primeiro vagabundo que aparecesse com um
pouco de cocaína? – eu disse exaltada.
Zayn: Hey veja como fala. – ele levantou me encarando.
Isabela: E quem é você? Um traficante que resolveu se meter na minha vida apenas. – eu disse
tomada pela raiva.
Isaque: Filha me escute... – ele de aproximou.
Isabela: Não me toca. – gritei. – Eu não vou morar com ele.
Isaque: Se você não for filha eu não sei o que será de mim. – ele permanecia chorando.
Zayn: Ele não tem o dinheiro, então eu decidi que você ficará longe dele durante um mês. – ele
disse firme.
Isabela: Não fale como se isso fosse para o bem do meu pai e para o meu, quando nós dois
sabemos que o único que está querendo sair beneficiado é você. – cuspi as palavras.
Zayn: Você é mais esperta do que eu pensei... – ele sorriu malicioso.
Isabela: Você ainda não viu nada. – eu disse rude. - Eu não acredito que por conta de uma dívida
de drogas, serei eu que pagarei pelos seus crimes papai, isso é nojento. – Eu disse deixando
uma lágrima cair que logo foi retirada do meu rosto a força pela minha própria mão. Respirei
fundo e tomei uma decisão. – Eu vou. – engoli o seco. – Mas em troca não quero falar com você.
– olhei fixamente para meu pai que deixou mais uma lágrima ser derramada. – Não quero que
me ligue, que me visite durante esse um mês fui clara? São essas as minhas condições Zayn. –
eu disse firme, segurando-me pra não chorar. Zayn assentiu, deixei os dois na sala com caras e
bocas inexplicáveis e então fui para meu quarto em paços largos, pegando a mala atrás do
guarda roupa e socando as roupas com raiva dentro da mesma. Como podia alguém fazer isso
com a filha? Como podia um babaca me pedir para ser o pagamento de uma dívida? Traficante
idiota, estúpido, ignorante, mas se ela pensava que iria se aproveitar de mim, estava muito
enganado. Ele não me conhecia, e dentre todas as pessoas do mundo eu faria com que eu
fosse a única pessoa que ele ia desejar nunca ter conhecido.
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HEEEY PEQUENAS !! Tudo bem com vocês?! Espero que esteja !!Gostaram desse capitulo?? COMENTEEEEM!!
BJOOO DA LEEH :3
Tchauzinho...
Continuaaaaa
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