My Last Hope capitulo 4

 P.O.V Isabella

A verdade era que sair daquela casa estava sendo como faca passando pela pele, daquelas que
cortam tão profundamente que nem alguns pontos resolvem ou diminuem a dor. Não me
despedi de meu pai, passei reto pela porta levando a mala pequena comigo, afinal eu não tinha
muitas roupas. Às vezes eu queria ser como um carro novo, rápido, incrível, forte e às vezes
blindado, porém na maioria das situações eu acabava sendo como uma caminhonete velha,
nunca funcionava direito, cujo era entediante dirigir.
Em poucos segundos conseguir avistar o moreno ao meu lado tirando uma chave do bolso e
apertando a mesma que fez o barulho adequado. Foi então que vi o carro vermelho, diferente doque ele estava da última vez que o vi, esse era ainda mais potente, eu queria sorrir, eu amava
carros, porém a tristeza que eu tinha dentro de mim, me impediu.
Zayn: Vamos? – ele perguntou firme. Não respondi, apenas dei alguns passos até o veículo, que
se abriu sozinho elevando as portas quando Zayn apertou mais um botão. Entrei no mesmo
colocando minha mala no banco de trás. Ao ver as portas se fecharem encostei-me na mesma
suspirando, ao contrário do clima frio do lado de fora o carro de Zayn se tornara até mais
acolhedor que minha própria casa, era quente e agradável o que me fez pensar ainda mais em
tudo que estava acontecendo. Zayn mantinha os olhos na estrada, eu fazia o mesmo olhando
pela janela, eu sentia a raiva aumentar a casa segundo que se passava, o calor subia e a única
coisa que eu queria fazer era gritar e chorar, mas estava me controlando para que isso não
acontecesse, seria demais até mesmo pra mim. Sempre fui uma pessoa de poucos amigos,
que nunca se importou muito em derramar lágrimas, por mais que eu as tivesse preferia guardá-
las para mim.
Pelo que entendi Zayn morava no bairro ao lado do meu, não que isso importasse mas era
estranho nunca tê-lo visto no racha ou nunca ter corrido com ele. Quando finalmente desci do
carro em quanto Zayn o colocava na garagem encarei o tamanho e a imensidão da entrada
daquela casa. Tinha três andares, e com certeza nem por dentro nem por fora se compararia a
minha. Zayn se posicionou na porta apagando o cigarro que o mesmo fumava, tirou as chaves
do bolso e abriu o grande pedaço de madeira deixando visível a sala enorme. Dois homens
saíram de dentro da casa portando fuzis. Engoli o seco em quanto os mesmos ficaram parados
do lado de fora da casa. Entrei antes mesmo de Zayn pedir trazendo a mala com ele.
Zayn: Bom, essa é a minha humilde casa. – ele disse frio entrando e fechando a porta em
seguida. E então depois de minutos finalmente o olhei inteiramente, ele não era feio, pelo
contrário era até muito bonito, mas isso não tirava o fato de ser um completo idiota.
Isabela: É bonita. – Foi a única coisa que consegui dizer no mesmo tom que ele. Vi o mesmo
passar a língua nos lábios. Aquilo era uma das coisas mais sexys que eu já tinha visto, e o que
deixava ainda mais sexy era o fato dele não saber que conseguia ser assim sem o mínimo de
esforço.
Zayn: Vem, vou te mostrar aonde é o seu quarto. – ele disse firme subindo as escadas da sala,
respirei fundo antes de fazer o mesmo.
Entrei no quarto que aparentemente se localizava do lado do de Zayn, sorri de canto ao encarar
as paredes lilás e a decoração feminina do quarto.
Isabela: Algo me diz que esse quarto não era seu.
Zayn: Já foi da minha irmã. – o vi sorrir colocando a mala no chão. Segui até o banheiro e percebi
ao vê-lo que era quase do tamanho do quarto, com uma banheira enorme e um piso
exageradamente brilhante. – Gostou? – Ele perguntou encostando-se na porta do quarto que
agora se encontrava fechada.
Isabela: Coisas assim não me enchem os olhos. – eu disse suspirando indo até ele.
Zayn: Eu não achei que enchesse mesmo. – ele sorriu de canto. – É melhor eu te deixar
sozinha, sinta-se a vontade. – ele disse se desencostando da porta preparando-se pra sair. E
por um instante eu imaginei que o ignorante estava sendo gentil, burrice minha.
Isabela: Espera. – pedi baixo. – Posso fazer uma pergunta?
Zayn: Pode claro. – ele deu de ombros.
Isabela: Porque eu? Você poderia pedir qualquer coisa que com certeza eu ou meu pai daríamos
um jeito e pediu justamente para que eu passasse um tempo em sua casa, sabendo que eu
odiaria, a pergunta é... Por quê? – respirei fundo para não perder o controle.
Zayn: Justamente por isso, por você ser a última coisa que eu poderia pedir. – ele sorriu
malicioso. – E eu adoro desafios Isabela. – Ele me olhou de cima a baixo. Senti um calafrio
percorrer meu corpo, por mais vestida que eu estivesse, me senti como se estivesse
completamente nua com o olhar de Zayn sobre mim. O mesmo bateu a porta deixando-me ali,
sem palavra alguma.
O que havia acontecido comigo naquele momento? Eu não era uma menininha indefesa, mas
Zayn era estranho, conseguia me deixar sem jeito com apenas um olhar. Porém de uma coisa
eu sabia, que ele gostava de desafios, mas ele mal imaginava que eu sabia jogar. Ele não me
trouxe para a casa dele por qualquer motivo, ele queria algo, eu descobriria embora eu já
imaginasse o que seria. Eu iria provocar, mas ele não iria ter o que desejava, não mesmo.

P.O.V Zayn 

Mais um dia qualquer eu poderia dizer, exceto pelo fato de ter uma garota de dezessete anos
dormindo no quarto ao lado do meu. Ela não ficou nem um pouco feliz de vir morar aqui, mas eu
a faria mudar de ideia, garotas adoram surpresas e eu faria várias para conseguir leva-la para a
cama, era apenas isso que eu queria, eu a desejava e não era pouco, senti isso a noite em
minha cama que passei a maior parte dos minutos tentando adormecer, mas foi em vão rolei na
mesma diversas vezes e levantei-me às seis da manhã já que não conseguia pregar os olhos.
Terça-feira, eu queria chamar aquele dia de qualquer, juro que queria, mas foi impossível. Levei a
xícara de café aos lábios colocando-o novamente na mesa de meu escritório, folheei algumas
folhas de papel... Olhei no relógio que marcava oito da manhã em ponto. Ouvi o bater na porta.
Zayn: Entra. – eu disse firme. Só poderia ser Lincon, mas me enganei ou ver o os cabelos
castanhos ondulados passarem pela porta antes mesmo do corpo da garota de olhos castanhos
passar pela mesma. Fiquei surpreso ao ver a mesma fechar a porta que tinha aberto a
segundos atrás. Mas a surpresa maior veio milésimos de segundos depois quando a ficha
finalmente caiu. Lá estava ela na minha frente apenas de calcinha e sutiã e um casaco fino por
cima que só cobria seus braços deixando suas pernas e coxa totalmente a mostra.
Isabela: Malik precisamos conversar. – ela suspirou me olhando nos olhos. Inevitável foi à
palavra para os meus atos naquele momento. Mordi os lábios imaginando ela sussurrando meu
sobrenome no meu ouvido. Engoli o seco desconcertado antes de vê-la sorrir de canto em
quanto não tirava os olhos dos meus. Agora eu sabia, que um erro eu havia cometido... Eu havia
subestimado Isabela.
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Bjsss da Leeh :3