Por Isabela
Dormir é uma dádiva admito, sentir seu corpo descansado por completo ao levantar é melhor
ainda, e eu tinha que admitir que aquela cama era mil vezes melhor do que a minha, na verdade,
apesar de odiar a casa de Zayn, o quarto onde eu dormia era o melhor local de todo aquele
casarão. Suspirei espreguiçando-me. Olhei no relógio que marcavam nove da manhã... Logo meveio a cabeça uma ideia nada normal, mas que me faria feliz o suficiente se desse certo.
Levantei-me da cama, seguindo para a janela do quarto lilás. Abri as cortinas e um clarão invadiu
meus olhos, o sol já raiava e parecia ainda mais quente que todos os dias daquele ano. Inspirei o
ar fresco e então comecei a por meu plano em prática. Entrei em meu banheiro deixando a porta
encostada, tirei minhas peças de roupa rapidamente e então abri o resistro para que a banheira
enchesse, por mais que não ligasse para riquezas e coisas parecidas, tomar um banho de
banheira era altamente relaxante. Esperei que a mesma enchesse até a metade. Estranhei o
armário do banheiro, eu nunca tinha o aberto... Fitei o mesmo e antes de entrar na água abri as
duas portas do pedaço de madeira de uma vez. Franzi o cenho ao ver os vários e inúmeros sais
de banho que haviam ali, peguei apenas um e joguei na água entrando na mesma, prendendo
meu cabelo em um coque. Nunca imaginei que Zayn fosse um cara que gostasse de cuidar da
pele, muito menos que fosse vaidoso, mas aí que está o erro, já era para eu imaginar, o modo
que ele se olhava no espelho era digno de alguém que admira a si mesmo. Rolei os olhos ao
pensar o quanto o moreno se achava digno da beleza que possuía e não era por menos, ele
realmente era de uma beleza esplêndida, porém eu tinha que fingir não notar... Que droga, isso
era péssimo, fingir não sentir atração alguma pelo corpo perfeito ou aquela boca maravilhosa.
Era ridículo pensar assim, eu sei, mas eu não podia evitar e quanto mais eu convivia com Zayn
mais eu me sentia atraída por ele.
E então depois de vários e vários minutos refletindo, finalmente levantei-me enrolando-me na
toalha... Estava na hora do show Por Zayn
Acordei sedo naquela segunda-feira, eu odiava acordar cedo, ainda mais quando minha noite
havia sido completamente mal dormida. Sim, novamente eu não consegui pregar os olhos a
noite, tudo que pensei ainda martelava em minha cabeça, o beijo com Melissa, a forma como
Isabela agiu naturalmente, tudo era inacreditável, mas eu tinha que entender de uma única vez.
Simples assim.
Continuei a encarar a papelada a minha frente, havia muitos cálculos para fazer e hoje era dia de
cobranças, eu obviamente estava com a cabeça cheia demais para isso, com certeza pediria
aos dois brutamontes que fizessem isso por mim, eles teriam que fazer algo a mais além de
montar guarda ao lado da porta de madeira. Suspirei acendendo um cigarro e voltando meus
olhos para a papelada, mais alguns números somados e eu chegaria um resultado não muito
agradável. Era impressão minha ou os negócios estavam caindo?... Num susto apaguei o
cigarro e atendi ao telefone do lado de minha xícara de café.
Zayn: Zayn Malik. – eu disse, a pessoa do outro lado da linha demorou um pouco a responder,
mas finalmente disse alguma coisa.
---: Zayn, sou eu, o pai da Isabela. – ele disse com receio.
Zayn: A claro senhor Isaque, posso saber o porque de sua ligação? – recostei-me na cadeira de
meu escritório.
Isaque: Liguei pra saber sobre minha filha.
Zayn: O que deseja saber? – perguntei. A preocupação dele com a garota era quase palpável
mesmo por telefone.
Isaque: Estou preocupado, ela não me liga, sabe se ainda tem raiva de mim? – Exitei por um
segundo, pensando na resposta, mas decidi tranquiliza-lo, oras, eu não era um monstro, embora
quisesse ser com Isabela as vezes. Tratei de ignorar meus pensamentos e responde-lo logo.
Zayn: Não, ela não tem raiva do senhor, porém, digamos que quer se manter sem falar contigo.
Isaque: Entendo, ela está bem? Está feliz?
Zayn: Sim ela está bem, acredito que tem saudades de casa, mas eu estou cuidando bem dela
se é isso que o senhor gostaria de saber, sua filha tem um gênio difícil, mas estou tentando lidar
com ela.
Isaque: É. – ele riu. – Ela puxou isso da mãe. – Mãe? Eu sabia sobre o pai de Isabela, mas sobre
a mãe eu nada sabia, aliais ao ouvir o pai da mesma pronunciar sobre, fiquei curioso de saber
mais, porém não era da minha conta.
Zayn: Comprei roupas pra ela e ela tem aulas particulares com um amigo meu. – eu disse firme.
– Se era só isso...
Isaque: Não. – ele disse rapidamente. – Tem mais uma coisa.
Zayn: Diga.
Isaque: Vocês... – pausou. – Você sabe... – Sorri ao telefone. Pais, sempre preocupados.
Zayn: Não senhor Isaque, eu cuido da sua filha, nada além disso, porém se acontecesse eu não
veria problema e o senhor? – ergui uma sobrancelha. Meu tom não mudou, embora eu quisesse
ser um pouco ameaçador, controlei-me.
Isaque: Devo aceitar isso como um pedido de permissão? – ri.
Zayn: Não no momento.
Isaque: Não vejo problema algum, quero a felicidade da minha filha, mas entenda meu lado Zayn,
não quero vê-la em perigo a quero segura, e quando digo isso é porque eu daria a vida por ela,
quero que ela esteja com alguém que faria o mesmo que eu. – ele dizia firme. O homem que a
pouco estava com receio de falar comigo, estava sendo completamente honesto no que dizia,
algo que eu deveria admirar, algo que eu queria que meu pai tivesse por mim.
Zayn: Eu entendo Isaque. – engoli o seco. – Não se preocupe, ela estará a salvo e logo, logo
voltará a revê-lo.
Isaque: Que bom, obrigada Zayn, até outro dia. – ele disse por fim desligando.
Toda aquela conversa havia me deixado sentimental. Senti saudade de minha mãe e minhas
irmãs repentinamente e vontade de visita-las, ao contrário de meu pai. Eles eram separados a
anos e nesses mesmo anos eu parei de falar com ele, ele não nos procurou e sinceramente eu
não me sentia a vontade para procura-lo também. A forma como o pai de Isabela a amava era
incrivelmente bonita não entendo porque ela decidiu não falar com ele, mas decidi avisá-la que
ele havia ligado mesmo assim.
Voltei minha atenção para os papeis a minha frente mais uma vez, mas antes que eu voltasse a
fazer algum movimento. Ouvi um grito insurdecedor. Se Isabela estava bem como eu havia dito,
bom, agora ela não estava mais. Levantei-me rapidamente da cadeira saindo porta a fora, subi.
as escadas de dois em dois degraus, entrei no quarto de Isabela que estava vazio, a cama
desarrumada fez meu coração disparar, olhei para a porta do banheiro entre aberta e antes que
eu corresse para o local, vi a mesma passar pela porta.
Zayn: O que aconteceu? Você está bem? – eu disse em alto e bom som a segurando pelos
ombros delicadamente.
Isabela: Sim estou Zayn. – ela deu um meio sorriso. – Era só uma barata mas já matei. – soltou
os cabelos bagunçando-os. Foi então que me dei conta que ela não estava vestida, pelo
contrário, estava apenas de toalha na minha frente. Dei um passo pra trás engolindo o seco.
Droga. – Pensei. Não acredito que caí nisso. Ela sabia exatamente como me provocar, e não
estava de brincadeira em tentar isso perfeitamente. Inspirei o ar em quanto ela voltava a se
aproximar de mim. – Obrigada por se preocupar Malik. – ela disse quase num sussurro.
Zayn: Tudo bem. – me afastei novamente. Não entendia o que Isabela tinha, porém quando eu a
via naquela situação, semi nua, era como se a mesma jogasse um feitiço sobre mim, a forma
como ela sibilava meu sobrenome me causava reações ainda pior. Era como se uma voz dentro
da minha cabeça ouvisse Isabela falando “Me faça sua” a cada sobrenome que saia da boca da
garota de cabelos ondulados.
Isabela: Calma Zayn, parece até que estou sendo um repelente pra você. – ela sorriu sínica.
Engoli o seco respirando fundo.
Zayn: Eu acho bom, você se vestir e fazer as suas malas. – eu disse firme. Ela tinha que
entender que precisava parar de brincar comigo.
Isabela: Por quê? – ela perguntou. O sorriso que tinha no rosto se desfez.
Zayn: Nós vamos viajar... – eu disse já tentando sair do quarto. Mais um minuto e eu a jogaria na
cama sem pestanejar.
Isabela: Pra onde? – disse alto irritada.
Zayn: Bradford. – Eu disse por fim fechando a porta atrás de mim.
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Comenteeem..
Uiiiii
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