Por Isabela
Malas, tudo aquilo me trazia lembranças nem um pouco agradáveis de como eu fui parar na
casa de Malik. A discussão com meu pai, a sensação de desgosto e a vontade louca de sair
correndo tentando entender como tudo isso começou. Engoli o seco em quanto colocava a mala
no porta-malas do carro do moreno. O mesmo já estava dentro do carro buzinando inúmeras
vezes para que eu me apressasse. Tratei de ignorar, eu estava de mau humor e ele teria que me
aguentar assim a viagem inteira, todas as três longas horas, até o então lugar que eu nunca
tinha ouvido falar, não sou boa em geografia, muito menos um gênio, então alguns assuntos
eram irrelevantes para mim. Bati com força o porta malas e entrei no carro passando o cinto de
segurando em seguida.
Zayn: Sorria, viajar é bom. – ele disse debochado dando partida.
Isabela: Você ainda não me disse o motivo dessa viagem. – eu disse firme.
Zayn: O motivo, deixe me ver. – ele falou pensativo. – É porque eu quero. – sorriu sem mostrar
os dentes.
Isabela: Você poderia ser um pouco menos irritante. – bufei cruzando os braços.
Zayn: E você poderia ser um pouco menos estressada... – rolei os olhos. – Ou não, é isso que
gosto hein você, te tiro do sério facilmente. – riu. Zayn era convencido demais e isso só deixava
ainda mais difícil ter que atura-lo. Então ele gostava de me irritar? Ótimo. – Não entendo porque
não queria viajar.
Isabela: Não é óbvio? Eu preferia ficar aqui e estudar com o Niall.
Zayn: O que tanto você fala no Niall? Parece até que ele é perfeito. – rolou os olhos.
Isabela: Pelo visto eu também consigo te tirar do sério facilmente. – gargalhei. Zayn me olhou
com desaprovação. – Mas em resposta a sua pergunta, o Niall é perfeito sim, é um ótimo amigo.
Zayn: Então o considera como um amigo apenas? – questionou.
Isabela: Sim, porém... – mordi o lábio inferior. – Se eu me envolvesse com ele não veria
problema, ele é inteligente, bonito, engraçado... – Menti. Eu não tinha olhos para Niall, porém eu
sabia que Zayn odiava que eu falasse assim de qualquer um, ele achava que eu era uma
propriedade dele, como um carro e isso era o que mais me irritava.
Zayn: Já entendi Isabela. – disse rude acelerando. Meu coração disparou.
Isabela: Ir mais rápido não vai diminuir a sua raiva.
Zayn: Não, mas talvez cale a sua boca. – disse firme. Respirei fundo e me calei, e então aos
poucos Zayn foi diminuindo.
Isabela: Pensei que tivesse trabalho a fazer e que não tinha tempo de viajar.
Zayn: Deixei que meus capangas cuidassem disso, confio neles... – ele suspirou. – E sobre a
viagem, não se preocupe, iremos a um lugar agradável. A propósito, seu pai ligou...
Isabela: O que? – surpreendi-me. – E porque não me avisou? – disse normalmente.
Zayn: Não achei que fosse querer falar com ele, mas não tem problema, se quiser depois
ligamos.
Isabela: Não. – suspirei. – É melhor assim, só volto a falar com ele quando eu voltar pra casa,
ainda estou chateada.
Zayn: Você não deveria guardar rancor. – ele disse firme apertando as mãos no volante. – Ele é
se pai.
Isabela: Exatamente, ‘meu’ pai. – enfatizei. – Então eu decido o que faço em relação a ele.
Zayn: Guardar raiva é como tomar veneno querendo que a outra pessoa morra. – Sorri, a frase
era boa, nunca imaginei que sairia da boca do moreno. Ele não parecia o tipo de pessoa que
pensasse assim.
Isabela: Falou o cara que é mais orgulhoso que eu. – ri.
Zayn: Não posso evitar, esse meu jeito sedutor e galante que me faz ser assim, minha beleza é
muito grande para que eu me contente com pouco. – disse se olhando no espelho e arrumando
o topete. Ele parecia realmente acreditar nas palavras que dizia. Gargalhei. – Está ouvindo isso?
Isabela: O que? – sorri.
Zayn: Não estamos discutindo. – sorriu com a língua entre os dentes. Ele conseguia ser bonito
até mesmo fazendo aquilo, era encantador e fofo, porém desviei meu olhar voltando a olhar a
estrada, eu não queria ficar paralisada com a doçura daquele homem. Continuei a olhar a
estrada, até que percebi a música que tocava no rádio, Zayn havia acabado de ligar, talvez ele
não gostasse do silêncio que estava.
Por Zayn
Eu adorava irrita Isabela, mas ela conseguia me seduzir e irritar mais a mim do que eu a ela. Tão
linda e ao mesmo tempo tão sedutora, tão menina e ao mesmo tempo tão mulher. Ela tinha as
feições delicadas e isso era o que mais me atraía, o corpo magro com curvas conseguia me
deixar maluco só de imaginar e o pior... O modo como ela era difícil, isso era o que me deixava
mais maluco e entusiasmado para poder tê-la, quer dizer, eu achei que era só isso até ela me
mostrar algo novo.
Liguei o som e a música que tocava era agradável o que me surpreendeu foi o modo como
Isabela sabia cada letra.
Dna – Little Mix
Isabela: Ele lhe diz que ama você quando você menos espera? Ele faz seu coração palpitar
quando beija o seu pescoço?... – Ela cantarolou passando uma mão delicadamente pelo
pescoço. Fitei-a em quanto a mesma olhava pela janela, mas foi inevitável não lembrar da noite,da primeira noite em que a toquei beijando o pescoço da mesma, a forma como ela deixou, eu
sabia que ela começou a me desejar naquele dia. Eu só não sabia se era tanto quanto eu a ela.
Isabela continuava cantarolando e a cada gesto que ela vazia, minha mente divagava imaginando
o que eu poderia fazer com ela naquele carro ou bem ali no meio da estrada, ou até mesmo em
cima do capo do carro, quem ligaria? Eu é que não. - Está no DNA dele, ele simplesmente tira
meu fôlego, F-f-fôlego, eu sinto isso todos os dias, e é isso que faz um homem... ♪ - Essas
palavras bastaram para o volume em minha calça aumentar e então me dei conta que não
suportaria ouvi-la cantar mais um pouco. Ela conseguia ser sexy mesmo sem querer ser assim.
Num movimento rápido desliguei o som. E parei no acostamento da estrada deserta.
Isabela: Porque fez isso? – perguntou irritada, referindo-se ao ter desligado a música. Não a
respondi, respirei fundo saindo do carro, eu precisava de ar, bati a porta com força e caminhei
um pouco a frente do veículo, coloquei as mãos na cintura e inspirei o ar. Eu me sentia todo
errado, se eu ficasse perto de Isabela mais um pouco não responderia por mim. Ouvi a morena
sair do carro, mas permaneci de costas. – Ficou maluco? – ela dizia irritada. Droga, ela assim
me deixava ainda mais louco, com vontade de calar a boca dela com um beijo intenso que
tirasse o fôlego, como na música. E a cada pensamento, mais intensidade eu sentia, em mim, e
meu “amigo”. – Malik. – Ela gritou. A não...
Zayn: Que foi? – eu disse trincando os dentes caminhando até ela.
Isabela: E-está tudo bem? – a voz dela falhou.
Zayn: Não. – a encarei. – Não está nada bem. – eu disse firme encostando-a no carro.
Por Isabela
No momento que Zayn se virou pra mim eu soube que ele estava irritado, mas porque? Eu não
havia feito nada, os olhos do moreno estavam ainda mais intensos e a forma como ele me
olhava me causava um pouco de medo, eu tinha que admitir. Ele se aproximou e a cada passo
do mesmo eu dei um pra trás até que senti meu corpo bater no carro e quando dei por mim Zayn
já me imprensava no mesmo.
Isabela: E-está tudo bem? – Minha voz falhou ao sentir o corpo dele no meu.
Zayn: Não. – ele olhou em meus olhos. – Não está nada bem. – engoli o seco.
Isabela: É melhor nós... – desconversei, em vão.
Zayn: Não. – ele disse rude. – Agora você vai me escutar. – trincou os dentes. – Você gosta de
me provocar não é? – ele sussurrou em meu ouvido. Meu corpo pesou e se não fosse Zayn me
segurar fortemente pela cintura eu teria vacilado indo ao chão. – Mas você não sabe do que eu
sou capaz Isabela. – ele disse no mesmo tom de antes, senti seu hálito em meu pescoço, mas
me mantive parada, algo me impedia de sair dali, porque eu não conseguia? Droga. Zayn
mordeu o glóbulo de minha orelha e foi inevitável eu apertar seus braços.
Isabela: Zayn... – deixei escapar num suspiro.
Zayn: Não Isabela. – ele continuava a sussurrar. – Prefiro meu sobrenome, é bem mais sexy e
me deixa bem mais excitado. – Em quanto uma de suas mãos apertava minha cintura me
impedindo de sair dali a outra adentrou por de baixo do meu vestido. Fiquei estática, nãoconseguia me mexer, apenas suspirar e apertar cada vez mais os braços de Zayn, o mesmo
passava seus dedos levemente pela parte inferior de minha coxa e aquilo começou a me deixar
ainda mais sem fala e sem vontade de afastá-lo. – Eu quero tirar o seu fôlego Isabela. – ele
sussurrou. Um frio percorreu minha espinha e minha intimidade não foi capaz de se controlar
com a intensidade das palavras. – Quero transar com você aqui mesmo, em todas as posições
possíveis. – ele continuava a falar e a acariciar minha coxa, o jeito que ele sibilava as palavras
era ameaçador, mas ao mesmo tempo tão excitante. Droga, o que estava acontecendo comigo?
Porque eu não me mexia?
Isabela: V-você não pode. – sussurrei com dificuldade. Afinal ele não podia abusar de mim
naquele momento podia? Mesmo que eu queira, oque? Que merda eu estou pensando.
Zayn: Eu posso. – ele apertou minha coxa. Mordi o lábio inferior. – Mas vamos combinar uma
coisa? Você não me provoca mais e eu não te faço sentir... Bom, o que você está sentindo
agora. – pude senti-lo sorrir ao meu ouvido.
Isabela: Eu não estava te provocando. – respirei fundo.
Zayn: Não foi o que pareceu, admita.
Isabela: Eu não... – Pude sentir a mão de Zayn subir ainda mais sobre minha coxa, estava
extremamente perto da minha intimidade.
Zayn: Admita, ou então... – ele sussurrou.
Isabela: T-tudo bem. – gaguejei. – Eu admito, não faço mais. – tentei ser firme. As mãos de Zayn
foram para baixo me soltando.
Zayn: Boa garota. – ele sorriu cafajeste. Não consegui me mexer por vários segundos. Zayn
rodeou o carro entrando no mesmo, mas eu continuei ali suspirando tentando acreditar no que
tinha acabado de acontecer na forma como ele havia tocado e quase chegado a um local intimo,
na forma como ele sussurrou todas as palavras ao pé do meu ouvido. Tudo aquilo me fazia
sentir ódio de mim, por gostar... Zayn me fazia mal, mas às vezes o que te faz mal é o que te faz
bem. Irônico não?
Depois de longos segundos respirando fundo, finalmente tomei coragem para entrar novamente
no carro. No restante do caminho a única coisa que consegui fazer foi olhar pela janela e admirar
a vista que nada tinha além de árvores, mas admito que aquilo fosse melhor do que ter que
encarar Zayn depois de tudo. Finalmente depois de longos minutos sem trocar uma palavra
chegamos ao então local. Saí do carro batendo a porta com força. Zayn fez o mesmo pegando
nossas malas no carro em seguida. Olhei a casa enorme que estávamos em frente, mas ao
contrário da de Zayn era feminina demais, tão linda quanto uma casa de boneca por fora.
Isabela: Quem mora aqui? – perguntei franzindo o cenho.
Zayn: [aaa] – ele foi interrompido quando a porta branca da casa se abriu e uma mulher passou
pela mesma sorrindo estonteante.
---: Zayn meu filho, que bom que você chegou. – ela disse abrindo os braços.
Isabela: Você me trouxe pra casa da sua mãe? – sussurrei trincando os dentes. Zayn deu de
ombros sorrindo timidamente. Ele estava sem graça, coçou a nuca antes de abraçar a mulher.
Se antes as coisas estavam ruins agora estavam piores, se antes eu estava sem jeito, agora eu estou mais ainda. Da licença... Quero enfiar minha cabeça em um buraco e nunca mais tirar. O
começo havia sido essa viagem maluca, o meio, aquela parada na estrada, mas isso... A
chegada até aqui, esse era o fim da picada.
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COMENTEEEM...
Malik ng aguenta isso não meu amor!
ResponderExcluirCONTINUAAAAAAA
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